terça-feira, março 23, 2010

VERGONHA!

Hoje pude ver o que é, na prática, o encadeamento midiático tão falado por Alex Primo em seus estudos.

Deveria estar envergonhada por ter assistido o programa mais abobado da face da Terra, depois dos programas diários vespertinos e outras coisinhas aí, que se dizem de comédia quando na verdade não passam de "rituais" do quotidiano para reforçar o machismo e outros valores ridículos em nossa sociedade.

Mesmo ele não sendo o pior, hoje foi um daqueles dias em que tive que colocar meu nariz de palhaço (sim, eu tenho um). Não contente com o tempo precioso que perdi durante o tal programa, acessei o twitter para saber como estavam as discussões acerca do tema.

Como imaginei, a maioria estranhou o resultado do famigerado confronto! Eu estava com a maioria, o que já imaginava. Acabei descobrindo que nas enquetes que estavam rolando desde o anúncio dessa disputa em específico, e eu realmente estava com a maioria. Seria essa uma opinião pública? Disso eu não sei, mas estou certa de que a "espiral do silêncio" não se pronunciou nesse caso, porque as pessoas costumam se envolver com essas questões, com aquelas pessoas, ficam chateadas, tristes, compartilham dos sentimentos daqueles que vivem no tal "laboratório" como diz o "sábio" apresentador. Ai, Bial, você é o que mais me decepciona!

Mas, como nem tudo é perda de tempo. Fiquei me perguntando em qual será a estratégia? Deixar o jogo alucinante, as pessoas revoltadas com o resultado, e fazê-las assistir mais, votar mais, para que eles possam arrecadar mais? Até o final não deve sobrar quem valia a pena de se assistir "até o fim". Será que não se deram por conta de que esse resultado queima ainda mais a credibilidade do esquema. As montagens estavam a favor de quem saiu, não entendi até agora o que pretendem com isso.

Mas sei que perdi de ler um capítulo do meu livro. E que na TV Cultura estavam transmitindo uma ópera lindíssima! Nesse ponto não estou com a maioria. Costumo não assistir aos comerciais desse horário nobre, zapeio pelos canais, assisto a programas, sejam eles quais forem. Não gosto de espaço comercial, nem os embutidos, enfiados goela a baixo, mas... Assisti um pouco da Opera, sei que poucos sabem que isso foi, ou costuma ir ao ar.

Por fim, vejo que a "poderosa" está nos ajudando, praticamente nos forçando, a procurarmos algo mais interessante, mais produtivo para fazer ao invés de assistir televisão e esses programas interessantíssimos, a "nave louca" está fora de órbita, gente!

Assim, é melhor parar de brigar por personagens inventados, muito bem representados e montados por uma equipe de edição brilhante e deixar de ser palhaço. Reclamar não vai adiantar. Isso é fato.

* Para evitar que esse post contribua para a manifestação contra ou a favor do referido programa, resolvi não citar os nomes. Pelo menos das buscas eu fujo!

Desculpem-me amigos blogueiros que esperavam mais de mim! hahaha Sou da comunicação, tenho de estar por dentro de tudo!
=P

quarta-feira, março 03, 2010

Da inutilidade vespertina!

À tarde os programas de televisão se resumem a: programas de fofocas, Vídeo Show e novela xôxa e o "Cinema em casa" com as irmãs gêmeas aquelas, que muitos odeiam, sobre as quais nada tenho a dizer, já que elas não são do meu tempo.

Mas, ontem no Cinema em casa transmitido um filme que há muito eu não via, um daqueles filmes que não se deve começar a assistir, porque é irresistível para românticos incansáveis, o que é o meu caso.

"A casa no Lago" apresenta a história de Kate Forster, uma recém formada em medicina (Sandra Bullock) e Alex Wyler, arquiteto (Keanu Reeves) que alugam em tempos diferentes a mesma casa, a tal casa do lago. Mas, quis o destino que eles se encontrassem de alguma forma, e eles iniciam acidentalmente uma comunicação através de bilhetes, depois cartas, pela caixa do correio. A grande sacada é que os dois estão "vivendo na casa", porém um em 2004 e o outro em 2006. As cartas viajam no tempo através da caixinha de correio. Como é que não se sabe. O grande mistério pode ser a cadelinha deles, a Jack (uma vira-latas muito querida, que os acompanha, nos dois tempos).

O que considero de tão interessante nesse filme? Além do romance à distância, da maneira "distante" em que eles estão, o que propicia a ilusão de que "quis o destino que eles ficassem juntos" e o mistério que gera a curiosidade, “afinal, como isso vai acontecer?”, tem a questão de que Alex, personagem do Keanu Reeves, está a dois anos do tempo dela e é o que mais tem dificuldades a enfrentar, no entanto, não desiste dela mesmo quando ela implora para que ele faça isso. É piegas, é previsível, mas é romântico!

Numa certa parte da trama ela fala do seu romance favorito, o qual mostra um casal que precisa esperar pelo tempo certo para estarem juntos. Depois de muitos contratempos eles finalmente se reencontram e tudo dá certo. E essa é a impressão que temos quando queremos um alguém verdadeiramente. Bate uma certeza de que em algum momento, tudo o que sonhamos vai se concretizar. É nessa emoção que embarcam os românticos apaixonados, é por isso que quebram tanto a cara, às vezes fazendo-os desistir, outras nem tanto, os encorajam a recomeçar.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: uma vez romântico, sempre romântico! Por maiores que sejam os tombos, as decepções, as desilusões, os românticos são incorrigíveis.

E essa sou eu, uma tarde perdida em frente à TV para viver um romance que bem que poderia acontecer comigo! E depois? Acorda! O dever chama!

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