quinta-feira, janeiro 28, 2010

Os desafios de se ter um blog bom, e famoso!



Já devo ter discursado a respeito em outras ocasiões, verdadeiramente, não me recordo. Mas, é um tema constante na vida de um blogueiro. Vou contar um pouco da minha história, só pra variar.

Sempre fui metida a escritora, desde a infância quando escrevia diários bobinhos, depois, passando pela adolescência, escrevia coisas que chamava de poemas, ou simples pensamentos e invenções, um mundo de fantasia, fingindo sentir alguma dor que de veras sentia, ou não. Mas tudo o que escrevi ao longo dos anos sempre ficou muito bem guardado, pra não dizer escondido.

Em certo período escrevi em códigos, para ter certeza de que minhas histórias ficariam seguras. Esse código foi criado por mim, com símbolos diversos. Mais tarde, (re)inventei uma forma de escrever sem dizer exatamente o que estava sentindo, usando as mais diversas analogias, algumas tão absurdas que certamente até hoje são impossíveis de serem traduzidas. Os códigos de criança eu esqueci, mas dessa nova forma de escrever, aaah! Dessa eu nunca esqueço, e cada vez que leio um desses textos, é claro, sei exatamente do que se passa, porque escrevi aquilo. Mas sei que não tenho a exclusividade da forma, e mais, sei que minhas técnicas não chega aos pés dos profissionais. Enfim...

Somada a essa facilidade em escrever tive acesso ao meio eletrônico, a minha afeição por tecnologias me fez migrar do papel e caneta para os bits. Primeiro do bloco de notas, tenho ainda muitos txts guardados, depois em blogs. E é assim que chego ao problema levantado no título desse post. Comecei a escrever blog para expor o que pensava e sentia, o que estava vivendo, em tempos difíceis, e quando meu blog foi descoberto e tentaram entender do que eu falava, calei meus dedos e parei de postar. Tempos depois retornei escrevendo em códigos ainda mais ocultos. Meu blog se foi.

Hoje tenho outro blog, o qual foi descoberto por algumas pessoas, que me visitam com freqüência, e outros que são ocasionais. E são esses acessos ocasionais que têm me calado. Penso muito em muitos temas para tratar, mas logo penso no que não quero que leiam, e não encontro a solução para ocultar o que escrevo. Isso me faz lembrar de uma blogueira maluca, de um visitante maluco, e de como a maioria das pessoas cria um blog para ser notada, para se fazer ouvir, ou fazer dinheiro... O que, para cada uma dessas coisas, exigiria muitos acessos.

Certa Vez Paulo James me disse: "Se você não se sente bem expondo o que escrever, é porque escreve para você mesma e não precisa divulgar."

Mas, então, porque insisto em escrever em blogs? E o que fazer com os milhares de visitantes desse blog que anseiam por mais palavras?

Who cares?!
O_o
.

sábado, janeiro 16, 2010

Não é maldade o que passa por nós e nos faz deixar de lado coisas de que gostamos, elas caem no esquecimento porque nos distraímos. Só pode ser isso!

Hoje, sábado à noite, sem ter o que fazer em casa, resolvi ouvir música, sem saber ao certo o que poderia ouvir, olhei o nome "Jagged Little Pill" na biblioteca do iTunes, uma nostalgia tomou conta de mim e resolvi começar por ali. Um álbum famoso da minha adolescência... Ok, OK!!! Da minha juventude, já que da adolescência eram outras as músicas!
Mas, como pude deixar isso de lado?

Como posso deixar tanta coisa que gosto caído no esquecimento das minhas atividades diárias? Não há explicação plausível para isso, e toda vez que tento entender, entro num pensamento filosófico, que logo me leva a outro, e a outro... E nunca chego a uma conclusão. Muitas vezes acabo indo dormir chateada por ter somado a infinidade de coisas que sempre gostei de fazer e não faço mais, outras vou dormir com uma sensação muito boa, de que já fiz muita coisa legal nessa vida.

A verdade é que tudo depende do momento, da situação pela qual estamos passando e, é claro, do nosso humor! Isso pra tudo nessa vida. Sempre que nos deparamos com uma coisa ruim, podemos tentar tirar dela algum aprendizado, ou simplesmente reclamar da nossa má sorte. Seja qual for a atitude, nenhuma delas é capaz de concertar erros, de recuperar o que se perdeu. Viver é aprender a conviver com a idéia de que vamos fracassar. Grandioso é aquele que consegue fracassar menos, ou simplesmente, aquele que aprende e não comete o mesmo erro.

Nada do que eu disse aqui é novidade, tudo faz parte de um grande amontoado de frases repetitivas, que todos nós sabemos "décor e salteado", mas elas podem causar algum impacto quando ditas ou escritas por outra pessoa. E quando escrevo às vezes tenho a impressão de que alguém conversa comigo, então é sempre bom parar e refletir sobre algumas coisas, analisar atitudes, pessoas, situações, criticar tudo e a todos, olhar-se no espelho, indignar-se com o que vê e tentar consertar tudo. A maioria dos erros são irreparáveis, mas o fato de tentar é o que torna a vida interessante, ou como diz Caê: "ou não"!

Entramos o ano cheio de situações, pessoas e atitudes para analisar... Mas, daqui a pouco começa a Copa, tudo isso cairá no esquecimento mesmo, então... pra que se preocupar com o querido que fala mal dos lixeiros, ou dos afro-descendentes? Quem se importa realmente com eles? Alguém aqui realmente se preocupou com eles enquanto apenas eles minguavam na miséria? Ou será que precisou do terremoto matar visitantes do país, ou cair uma máscara, para alguém lembrar que existem pessoas por de trás de toda aquela sujeira?

Quanta hipocrisia! Faça-me o favor: olhe-se no espelho, preste bem atenção, depois tenta descobrir o que está sendo refletido nele!

*-*

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