quarta-feira, maio 02, 2007

A vida acontece em ciclos e, a cada dia, semana, mês ou ano que se passa, mais eu me espanto com a forma como isso se mostra real no meu dia-a-dia. Hora são pessoas do passado voltando, outrora novas pessoas que parecem apenas terem trocado de roupa e de cara, mas, que no fundo, são idênticas aquelas pessoas do passado.

Mas, isso não importa!

Muito já discuti com pessoas sobre isso, e sempre se chega a conclusão alguma. Pra mim a explicação é muito clara, são aos meus olhos que essas coisas acontecem, ou seja, ainda é o mesmo observador olhando a tudo isso. Não existe a perplexidade, apenas a constatação de que eu continuo a mesma. Por que existem coisas na gente que não mudam.

Na ansiedade de me explicar em uma dessas discussões usei erroneamente a palavra essência, mas acabei chegando a palavra que realmente explica o fato de que não mudamos: nosso caráter.

Não existem mocinhos ou vilões, eu posso vir a cometer um crime, posso fazer amanhã algo que hoje, pra mim, é errado. Entretanto, existe uma coisa chamada "peso na consciência", e é aí que entra o nosso caráter. Por que se eu cometer um crime, dependendo do crime, posso vir a me arrepender, posso me culpar pelo resto da vida e me sentir mal para sempre por tê-lo cometido. É o preço por ter agido de uma forma tão contrária a que considero correta.

É claro que o meu caráter pode não me impedir de fazer certas coisas, mas a certeza de que vou acabar me arrependendo pode. Por que, são poucas as pessoas que podem agir contra os seus princípios e, depois, deitar a cabeça em seus travesseiros e dormir tranqüilamente. As sem caráter conseguem. Está aí a essência da qual eu tanto me esforcei em explicar... transformei-a em caráter! Isso não há como negar, está em nós e podemos carregá-lo até o "fim".

Mas, essa situação pode mudar, é claro!

Algo que nos perturbe por muito tempo pode fazer com que mudemos de opinião, desafiemos nossos limites e passemos por cima de nossos princípios... Já não há mais sono, não há mais paz, então: por que se preocupar? Fazemos então aquilo que estiver mais próximo do que considerarmos necessário a cada momento de decisão; uma folha seca ao sabor do vento... E assim seguimos.

Não estou nem perto de fugir do que acredito que seja certo. Mas vivo tomando decisões que mais tarde me desagradam. Por que, nem só de princípios vivemos, existem tantas outras coisas que nos acontecem e nos perturbam, tiram-nos o sono... Coisas tão menos interessantes do que cometer um crime, no entanto, parece que machucam muito mais, nem sempre por um longo período de tempo, mas o tempo suficiente para nos enlouquecer.

Tudo muito parecido, mas tão diferente, com o mesmo resultado. Coisas que a matemática ou qualquer ciência exata jamais poderá explicar.

É bem provável que esse post tenha ficado ainda mais confuso que o anterior e "eu nem ligo"!

Uma coisa é certa: "I'll never gonna be the same again"...
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